A avaliação da saúde financeira da empresa foi realizada a partir da análise do balanço patrimonial e da demonstração de resultados, tendo sido utilizadas técnicas tradicionais (através de rácios) e avançadas (modelo de Fleuriet). Os resultados da análise tradicional indicam que, quanto à liquidez, os CFM demonstraram, em termos gerais, capacidade em honrar com seus compromissos de curto prazo, porém, tal capacidade deteriorou nos últimos dois anos do estudo. Quanto à estrutura financeira, os resultados indicam que os CFM se encontram em posição confortável no que concerne ao financiamento de seus activos, no cumprimento de suas obrigações de médio e longo prazo e no uso de capitais alheios. Com efeito, os rácios encontram-se acima dos níveis de referência para estes indicadores, apesar da sua tendência para degradação nos últimos anos da pesquisa. Em termos de rácios de rendibilidade entre 2013 e 2016, a capacidade dos CFM em gerar ganhos para os accionistas e após efeitos do financiamento e carga fiscal, deteriorou. A degradação não é crítica, pois as rendibilidades apresentam valores positivos. Quanto aos rácios de actividade, os resultados indicam que os CFM demonstram fraca capacidade de negociação de datas de pagamentos com seus clientes e fornecedores e lentidão na renovação dos inventários. Todavia, apresentam eficiência na utilização dos activos. Por fim, a análise avançada, permitiu verificar que, entre 2011-2014, os CFM apresentaram uma situação financeira sólida, porém entre 2015 e 2016, a mesma degradou-se, indicando o uso de fontes de financiamento de curto prazo. Neste contexto, conclui-se que, no período em estudo e apesar da tendência de degradação, a situação de liquidez, estrutura financeira, a rendibilidade e a capitalização dos CFM apresentaram-se em níveis adequados para a sustentabilidade, estabilidade e rentabilidade da empresa.